Enquanto a vida passa
as mãos escuras que sustentam
são as mesmas que em outra hora embalam
o branco reluzente
A criança tão clara
alma leve inocente
não faz ideia de nada
de quanta história há
no contraste evidente
A diversidade estampada
anuncia para quem quiser saber
a dicotomia que pulsa
na diversidade do ser
Peles opostas unidas
linhas tênues aparentes
Onde começa um e acaba o outro
só pode ser coisa da mente
de quem com os olhos sente
mas que com o coração se recusa a ver.
(Exercício realizado na Oficina de Poesia ministrada por Aline Caixeta em
Uberlândia/MG. Poesia inspirada na foto P&B de uma babá negra carregando um
bebê loiro).
Sou uma observadora da vida. Qualquer simples cena ou pessoa que me comova, vira história, lição a ser declamada. As palavras rapidamente se conectam e me transportam para cenas imaginárias antes mesmo que meus dedos alcancem o teclado ou a caneta risque o papel. Tudo vira texto, sem definição de gênero literário, mas na minha forma mais honesta de compartilhar aprendizados com o mundo.
(foto do perfil: @dessa.caixeta)